"-
!
- Hello. Do you speak English?
- Yes, Yes. Come in, I give you to drink!
- I'm just looking around, you don't have to... no, please... oh, ok..."
Tsikoudia. Outra vez. A mesma garrafa que aparece de um frigorífico ao fundo da loja, o mesmo copo pequenino que ainda assim leva uma quantidade enorme. É quase tão forte como o bagaço português. Só o cliente bebe, que a dona da loja tem as mãos ocupadas a mostrar tudo o que vende...
"- This very good! Twenty euros, two, three years ago, but now only 13... 10 for you!"
Regateando talvez ficasse pelos sete euros, mas para que precisava eu de uma colecção de peças de xadrez que pareciam saídas de um bazar turco? O que eu queria era um fato de banho, que o meu tinha ficado em Lisboa, mas as opções não eram muitas...
"- This one, very good. Modern. Try on you."
Era um sóbrio laranja fluorescente, de tamanho ajustável a qualquer cliente, claro. Tanto me servia a mim como a um alemão de 50 anos com o dobro do peso...
"- Tomorrow. Tomorrow if there is sun, I'll buy it..."
E lá consegui sair...
Athina, 22 de Maio
Também a rua do nosso hotel estava cortada ao trânsito. Um aparato policial impressionante que se mantinha na expectativa, preparado para o pior. O corpo de intervenção estava mesmo à nossa porta, à espera, olhando de vez em quando para o fundo da avenida. Era de lá que vinha o ruído da multidão e uma ou outra explosão de vez em quando. O cenário era de guerra, como se a batalha fosse iminente. No meio do fumo dos verylight conseguia distinguir bandeiras verde e brancas, cada vez em maior número, porque para lá convergiam todos os adeptos. Juntei-me a eles, claro, que a festa era rija...
O Panathinaikos era o novo campeão grego!
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