Friday, October 28, 2005

A gripe das aves

Benfica, nove da noite, ainda à procura de um supermercado ou loja de conveniência que estivesse aberto àquela hora, que tinha ficado de levar cerveja para um jantar onde ia chegar atrasado de qualquer maneira. Não se vê quase ninguém na rua. Quem passeia por ali a estas horas normalmente escolhe um cão por companhia, para evitar outras mais desagradáveis. Com a pressa, acabo por assustar o animal, que aparece ao virar da esquina com o dono logo atrás. "Quieto, Simão... quieto!" Fico parado, à espera. O Simão olha para mim de lado enquanto baixa a cabeça, está a avaliar a ameaça. "Quieto, Simão..." repete o dono enquando lhe afaga as penas da cabeça. Pendurado na mão do dono (que segura ao mesmo tempo o guarda-chuva), Simão, o papagaio, resolve não me atacar. Talvez espirrasse, não sei. Continuo o meu caminho, eles fazem o mesmo. Nos tempos que correm ninguém se mete com um homem que anda com um papagaio na rua...

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