"So there are many versions of the story, right? But this is my favorite one... So the legend says, when the first pilgrims arrived in America, they almost starved to death, man! 'Cause they didn't know how to plant their crops in the new soil, everything was different now. And it was the indians... the native americans, they were the ones that taught them how to plant indian corn and stuff. So the first harvest after that, they had loads of food, man! They were so happy they called all the indian tribes and made a big dinner to give thanks to them, right? And that was the first Thanksgiving!
Then the next year, they probably killed them all native americans..." - J.
Um peru com mais de 8 kg que esteve no forno desde as dez da manhã, stuffing, indian corn, pumpkin pie... A maior parte dos ingredientes vieram directamente dos States, trouxe-os a mãe de J. Uma maravilha. "It's thanksgiving, man!"
Friday, November 25, 2005
Saturday, November 05, 2005
A guerra química
"The wind was favourable and we discharged a very poisonous gas, a mixture of chlorine and phosgene, against the enemy lines... Not a single shot was fired... The attack as a complete success." - Otto Hahn, reporting from the Eastern Front in mid June 1915
O alarme soou ontem pouco passava das oito da noite. Era a campaínha da minha porta, que tocava sem parar. Do lado de fora, muito vermelhos e ofegantes, um casal de vizinhos com ar assustado esperava-me, a senhora mal conseguia respirar. "Querem-me matar! Ai, que me falta o ar! Eu morro, eu qualquer dia apareço morta!" Traziam com eles um cheiro estranho, pareceu-me amoníaco, ou um diluente qualquer. "Venha ver, venha! Fica aí, mulher, enquanto eu desço com o senhor administrador. Venha, venha..." O cheiro ia ficando mais forte à medida que o elevador descia. Parámos no primeiro andar. "Não respire, não respire que isto é um veneno!" Abro a porta do elevador e sinto logo o efeito. Ardem-me as olhos, o cheiro a amoníaco é intenso, talvez seja algo mais forte ainda. "Se calhar andam a exagerar na limpeza das escadas..." A vizinha do andar de cima aparece entretanto, com um lenço a cobrir-lhe a cara. "Não é limpeza, isto não é da limpeza! É bruxaria! Querem-nos matar! Olhe, veja aqui!" Espalhadas pelo chão, pequenas gotas que parecem ser de água acumulam-se perto das portas, começam a descer as escadas e desaparecem depois subitamente. "Isto é de propósito! Já não é a primeira vez! E eu sei bem quem é!" Sabe, mas não diz. Não é preciso. Só ali estava a facção A do prédio, especialistas em contra-informação e guerrilha de má-língua. A facção B é a única com capacidade de produzir armas químicas, é de uma delas o cabeleireiro do prédio. Digo-lhes que vou tratar do assunto, e todos voltam para casa. A próxima reunião de condomínio vai ter como ponto único a aceitação da Convenção de Hague...
O alarme soou ontem pouco passava das oito da noite. Era a campaínha da minha porta, que tocava sem parar. Do lado de fora, muito vermelhos e ofegantes, um casal de vizinhos com ar assustado esperava-me, a senhora mal conseguia respirar. "Querem-me matar! Ai, que me falta o ar! Eu morro, eu qualquer dia apareço morta!" Traziam com eles um cheiro estranho, pareceu-me amoníaco, ou um diluente qualquer. "Venha ver, venha! Fica aí, mulher, enquanto eu desço com o senhor administrador. Venha, venha..." O cheiro ia ficando mais forte à medida que o elevador descia. Parámos no primeiro andar. "Não respire, não respire que isto é um veneno!" Abro a porta do elevador e sinto logo o efeito. Ardem-me as olhos, o cheiro a amoníaco é intenso, talvez seja algo mais forte ainda. "Se calhar andam a exagerar na limpeza das escadas..." A vizinha do andar de cima aparece entretanto, com um lenço a cobrir-lhe a cara. "Não é limpeza, isto não é da limpeza! É bruxaria! Querem-nos matar! Olhe, veja aqui!" Espalhadas pelo chão, pequenas gotas que parecem ser de água acumulam-se perto das portas, começam a descer as escadas e desaparecem depois subitamente. "Isto é de propósito! Já não é a primeira vez! E eu sei bem quem é!" Sabe, mas não diz. Não é preciso. Só ali estava a facção A do prédio, especialistas em contra-informação e guerrilha de má-língua. A facção B é a única com capacidade de produzir armas químicas, é de uma delas o cabeleireiro do prédio. Digo-lhes que vou tratar do assunto, e todos voltam para casa. A próxima reunião de condomínio vai ter como ponto único a aceitação da Convenção de Hague...
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